Laboratório de Estudos de História Política e Intelectual nas Américas

Mesa Redonda: Resistências na América Latina: do campo cultural aos movimentos sociais

Convidamos a todos os interessados a participar desta Mesa Redonda - Atividade do LEHPI promovida em parceria com a ANPUH-ES, fruto do convênio UFES/LEHPI e UNAM/CIALC que ocorrerá durante o XI Encontro de História (ANPUH-ES)

Participantes: Regina Crespo (UNAM) e Antonio Carlos Amador Gil (UFES)
Local: Auditório da Engenharia Mecânica - CT-III - Centro Tecnológico da UFES
Quarta-feira - 9-11-2016
16 - 18 horas
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Título da Mesa

Resistências na América Latina: do campo cultural aos movimentos sociais

Revista Versus: latino-americanismo e resistência no Brasil dos anos de chumbo

Regina Crespo - Pós-Doutora em História - Pesquisadora do Centro de Investigaciones sobre América Latina y el Caribe - Professora da Pós-Graduação em Estudos Latino-americanos - Universidad Nacional Autónoma de México

Resumo: A revista Versus surgiu com um grupo de jornalistas de esquerda liderados por Marcos Faerman, seu fundador e diretor dos primeiros 23 números, de 1975 a 1978. O número 24, de agosto de 1978, inaugurou a segunda fase de Versus, com 10 números mais, até outubro de 1979. Faerman perdeu a revista, que passou a ser porta-voz da corrente trotskista Convergência Socialista e deixou de ter a importância que possuía no panorama cultural, ideológico e politico da década de 1970. Dois elementos justificam o estudo da primeira fase da revista Versus, objeto da presente comunicação. O primeiro é formal: Versus seguiu o experimentalismo da imprensa alternativa da época, com uma linguagem criativa e literária. Os editores inovaram na linguagem e na utilização gráfica dos espaços. O segundo elemento é temático: a grande marca de Versus foi o seu latino-americanismo. Sob a implacável vigilância da ditadura, os editores o utilizaram para discutir alternativas para o Brasil. A presença de autores latinoamericanos, o envio de repórteres para cobrir a região, a difusão de textos sobre suas lutas populares e seus heróis grandes e desconhecidos construíram um discurso de resistência à opressão sobre a América Latina e sobre o Brasil nos anos de chumbo que assombraram o continente.

Palavras-chave: Revista Versus; ditadura; latino-americanismo; resistência

 

Apesar de todas as violências, os movimentos indígenas resistem. As lutas indígenas na América Latina contemporânea

Antonio Carlos Amador Gil - Prof. Titular de História da América e Pós-Doutor em História - Laboratório de Estudos de História Política e das Ideias (LEHPI) - Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo: A violência é um elemento recorrente. Os processos autonômicos enfrentam a reação de atores, visões e projetos inseridos numa economia de mercado globalizada e capitalista visto que têm significado tentativas de romper a lógica do mercado capitalista. Estas novas formas de estar no mundo desafiam o Estado, as classes dirigentes e os partidos políticos visto que as estruturas econômicas e políticas não são favoráveis à afirmação dos interesses coletivos. Escolhemos este tema por acreditarmos que as lutas indígenas pelas autonomias implicam necessariamente discutir a crise dos Estados Nacionais latino-americanos. A militarização e paramilitarização do conflito em Chiapas assim como a cooptação governamental no sentido de dividir as comunidades constituem uma estratégia de contrainsurgência e de cerceamento do movimento. Apesar de todos os enfrentamentos, com diversas violações aos direitos humanos, o EZLN continua sendo uma referência para a discussão. Pretendemos analisar, neste trabalho, como as experiências autonômicas zapatistas e não zapatistas têm contribuído para a reconstituição da forma atual do Estado. Para isso trabalharemos com as experiências em curso, pois a práxis histórica está nos mostrando diversos caminhos relevantes.

Palavras-chave: América Latina; violência; autonomia; zapatismo

 

 

 

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